terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Melhores Álbuns de 2015 - Parte II


Segunda parte da lista do Filho do Blues de melhores álbuns de 2015, do 39 ao 30:


30. Keith Richards - Crosseyed Heart


Que Keith Richards é um sobrevivente do mundo do rock não é novidade para ninguém, mas que ele consegue lançar um disco solo tão bom quanto Crosseyed Heart certamente vai pegar muita gente de surpresa. O primeiro trabalho solo depois de 23 anos, Keith Richards se apresenta totalmente à vontade, com os seus riffs característicos de Rolling Stones, belos blues e até uma cover de reggae. Um álbum digno de um dos fundadores vivos do rock e um testemunho de sua sobrevivência.





31. Seasick Steve - Sonic Soul Surfer



Seasick Steve lançou seu sétimo álbum nesse ano, Sonic Soul Surfer, mantendo a mesma linha do blues-rock cru com muita guitarra dos anteriores, mesclando em alguns momentos com folk e country. Seasick Steve mostra que ainda tem muito vigor e vontade de fazer muito mais (no clipe de “Summertime Boy” ainda sobre energia para dar uma surfada).




32. Igor Prado Band And Delta Groove All Stars - Way Down South



Pra quem acha que a cena nacional de blues é fraca, Way Down South, novo álbum de Igor Prado e sua banda, Delta Groove All Stars, é uma resposta bastante eloqüente. Muito elogiado mundo a fora e que conta ainda com algumas participações especiais, como o filho de Muddy Waters, Mud Morganfield, Mike Welch e Sugar Rayford (só para citar alguns), Igor Prado é talvez o maior representante brasileiro do blues. A distância é grande (como mostra a capa do disco, 6.162 de São Paulo até a lendária Highway 61, mas essa distância foi reduzida bastante com Way Down South. 





33. Mercury Rev - The Light In You



Outra banda que retornou com estilo foi Mercury Rev, que lançou The Light In You depois de sete anos do último trabalho, que funciona como um retorno ao lar, apresentando o som sob o qual construíram sua carreira.






Esse é o único disco ao vivo da lista, mas tem um motivo especial. O ótimo guitarrista Joe Bonamassa quis homenagear as duas maiores lendas do Blues, Muddy Waters e Howlin’ Wolf, em um show que foi gravado para ser lançado em disco e DVD. O resultado é Muddy Wolf At Red Rocks. Muddy Wolf, além de ser, portanto, uma delícia para quem já é fã do blues, acaba caracterizando-se também como uma ótima entrada para quem deseja conhecer um pouco mais da obra desses dois maiores gênios do blues.





35. Beirut - No No No


O novo álbum de Beirut, No No No, está um pouco aquém dos trabalhos anteriores, mas, através do gênio do seu líder Zach Condon, como sempre, dispõe de momentos suficientes para chamar atenção, um trabalho curto e composto baseado em uma série de experiências traumáticas para Condon que ele, de certa forma, consegue transformar em luz como em um processo de reabilitação.   





36. The Jon Spencer Blues Explosion - Freedom Tower No Wave Dance Party



The Jon Spencer Blues Explosion é uma amálgama de sons que conectam os elementos mais dissonantes, mas que se encontram ligados através do elo da história mesmo que muitos pareçam esquecer. Fazem a conexão entre Little Richards e toda a tradição do R&B, que vai do blues ao rap e hip-hop, com punk de Iggy Pop e Stooges e o hardcore dos anos 90 com um senso de rebeldia muito forte. Por isso, muitas vezes os trabalhos da banda não alcançam o grande público, mas em Freeder Tower No Wave Dance Party eles fizeram um dos álbuns mais acessíveis de sua carreira, depois de seis anos de hiato.





37. Cidadão Instigado – Fortaleza


Cidadão Instigado é uma das bandas nacionais mais interessantes, com sua sonoridade bem peculiar, buscando sempre realizar misturas diferentes. Em Fortaleza, a cidade que é o quartel general de praticamente toda a banda, mesmo emergindo algumas experimentações, eles decidiram ir mais direto ao ponto, uma banda madura. No geral, é mais um trabalho que credencia Cidadão Instigado para um lugar de destaque no cenário musical brasileiro. 






The Mississippi Blues Child aparece como uma balança na qual Mr. Sipp ainda não está totalmente certo para qual lado pender e busca manter-se equilibrado entre um e outro. É mais uma etapa que o jovem Mr. Sipp terá que ultrapassar. Mas a verdade é simples: o lado bluesman e guitar hero lhe cai bem melhor. Mr. Sipp é um músico, jovem, cheio de energia e com sonhos de tornar-se relevante.





39. Kurt Vile - B'lieve I'm Goin Down


No seu novo album, B’lieve I’m Goin Down, Kurt Vile assume exatamente o personagem que aparece na capa, ou seja, tem aquele clima hipster rural, desleixado, que permanece durante todo o álbum, com misturas de new wave. O ponto forte são as construções melódicas e harmonias na guitarra. O ponto fraco é que o disco acaba ficando um pouco repetitivo, mas nos reservar momentos especiais, como “Pretty Pimpin’”.  




Parte I: : 50 a 40


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